Em relação à música árabe, a escala de oito notas pode ser construída, para fins didáticos, por grupos menores de 3, 4 ou 5 notas, chamados jins ( pl. ajnas).
JINS (pl. AJNAS):grupos de 3, 4 ou 5 notas que vão compor
MAQAM (pl. MAQAMAT): modo ou escala, constituído por
um ou mais ajnas
JINS é o gênero ou natureza de algo. É uma sequência de notas que possui distâncias específicas entre elas. Ao contrário das escalas ocidentais, há muitas possibilidades em relação ao tamanho do intervalo entre as notas.
O jins principal determina a família à qual pertence a maqam e dá nome à escala.
As ajnas mais comuns estão listadas abaixo, mas existem outras:
Ao tomar como exemplo o jins Bayati, bastante utilizado na música árabe, vê-se que são estabelecidos intervalos de ¾, ¾ e 1 tom entre as notas que o compõem:
A sequência, chamada de Bayati Ré (por ser iniciada na nota Ré), deve ser tocada de uma forma diferente se começar em outra nota, mesmo tendo os mesmos intervalos. A forma de tratar o microtom varia de uma escala para outra.
MAQAM tem o significado próximo ao da escala ocidental, mas vai além dela. Define também as relações entre as notas: quais devem ser enfatizadas naquele caso, com que frequência, em qual ordem. Ou seja, não define apenas as notas, mas comotocá-las.
É formado pelos ajnas que, conforme sua disposição, criam novas maqamat. Existem diversas maqamat, que variam de uma região a outra.
Abaixo está a “bússola” das maqamat, onde cada espaço corresponde a uma combinação de notas:
O número das maqamat mais usadas fica por volta de 30 ou 40, que são conhecidos por músicos de várias regiões e costumam ser usados pelas orquestras orientais em todo o mundo. Abaixo a lista dos maqamat mais comuns em ordem alfabética:
? O improviso? Uma das principais funções do improviso é preparar a audição para o que virá como peça principal. Fazendo proveito da articulação ou modificação de motivos e frases contidas em sua memória, o executante cria, dentro do que compete a um determinado modo com sua escala musical e derivadas, um discurso de momento, nunca sendo previamente escrito. Cabe lembrar que o improviso não é a prática do non-sense. É somente a partir de um grande repertório de obras, inclusive folclóricas, memorizadas e bem interiorizadas que o músico se aventura na arte do improviso. Esse repertório é o verdadeiro banco de dados do profissional, a sua matéria prima geradora. Ao transformar ou variar esse material, o instrumentista deve exibir capacidade criativa, sentimento e eloquência. A pertinência estilística não deve fugir da mente.
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